
Black Friday
11 min de leitura
Por: AXA no Brasil
Publicado em 27 de novembro de 2025
Black Friday e golpes online costumam andar lado a lado quando as ofertas disparam e a pressa entra em cena. A data é ótima para economizar, mas também vira palco para fraudes que exploram atenção dispersa e senso de urgência.
Pensando nisso, preparamos esse guia com exemplos reais do dia a dia e os golpes mais comuns para você ficar de olho. Leia com atenção e prepare-se para ir às compras com mais segurança e tranquilidade!
Na Black Friday, o pico de buscas e cliques cria um terreno fértil para cibercriminosos. Eles sabem que você está comparando preços, abrindo e-mails de “promo relâmpago” e navegando por lojas que nunca viu.
Por isso, espalham iscas bem produzidas — páginas falsas, anúncios enganosos e mensagens com tom de alerta (“últimas unidades”, “exclusivo por 10 minutos”). O resultado? Um simples descuido pode expor dados, dinheiro e até seu aparelho.
A primeira barreira contra golpes digitais é checar a reputação da loja. Procure o nome do site em portais de avaliação como Reclame Aqui e no Procon do seu estado, leia relatos recentes e veja como a empresa responde aos problemas.
Avalie também a presença digital: site com informações claras, CNPJ, política de trocas e canais de atendimento consistentes são bons sinais. Se a loja é completamente desconhecida e você não encontra quase nada sobre ela, é prudente sair da página.
Observe se a marca mantém redes ativas, responde comentários e tem domínio compatível com o nome (por exemplo, “.com.br” para operações no Brasil). Um Instagram recém-criado, com poucos posts e comentários genéricos, merece desconfiança.
Se o preço está muito abaixo da média, encare como sinal amarelo. Compare valores em três ou mais lojas e use histórico de preço (sites e extensões ajudam nisso).
Golpistas usam “superofertas” para apressar decisões. Uma dica prática: quando a diferença passar de 30–40% em relação à média do mercado, investigue duas vezes. Compras seguras nascem de comparações calmas — e não de contagens regressivas.
Antes de digitar dados, confira a barra de endereço. O site deve usar https:// e exibir o cadeado (isso indica conexão criptografada). Em seguida, examine o domínio letra por letra: trocas sutis (“amaz0n”, “mercado-livre-oficial-promo.shop”) são técnicas clássicas de fraude.
Por fim, prefira digitar o endereço da loja diretamente no navegador ou usar o app oficial — nada de acessar por links que chegaram por mensagem.
O cadeado não garante, sozinho, que a loja seja legítima; ele apenas protege a transmissão de dados. Um site falso também pode ter https://. Por isso, combine sinais: reputação, domínio correto e políticas claras.
Se veio por e-mail, SMS ou WhatsApp, desconfie. Pesquise a oferta no Google, acesse o site por conta própria e veja se a promoção existe mesmo. Phishing depende da impulsividade; a pausa de 30 segundos costuma salvar seu cartão.
Golpistas capricham no roteiro emocional: urgência, exclusividade, contagens regressivas e “brindes de alto valor”. Evite clicar em banners e encurtadores desconhecidos. Se precisar checar, copie e cole o link num bloco de notas para ver o domínio completo.
E atenção ao pagamento: priorize cartão de crédito (que oferece contestação) ou carteiras digitais reconhecidas; evite transferência para pessoa física, especialmente Pix sem emissão de nota ou pedido formal.
Lojas confiáveis pedem apenas o essencial. Formulários que exigem foto de documento, selfie com RG, senha de e-mail ou código de autenticação bancária fogem totalmente do padrão. Isso é captura de identidade, não “validação”.
Ative a verificação em duas etapas (2FA) nas suas contas, use e-mails diferentes para compras e cadastre alertas no banco. Tenha um antivírus atualizado e mantenha sistema e navegador em dia. Cibersegurança é hábito, não aplicativo milagroso.
Empresas sérias normalmente usam pessoa jurídica, emitem pedido e nota. A insistência em “Pix agora para garantir o preço” é um clássico de golpes online.
Migrar rápido da plataforma de marketplace para outro canal elimina camadas de proteção. Mantenha a conversa dentro do ambiente oficial.
Falhas grosseiras no texto, artes com baixa qualidade e banners desalinhados são alertas de improviso. Grandes marcas têm padrões mínimos de revisão.
Transparência é regra. Procure CNPJ consultável, e-mail corporativo e canais que funcionem. Se tudo some no rodapé, desconfie.
Logos desatualizados, pequenas distorções, combinações de identidade visual que não batem com a oficial — tudo isso aponta para cópia.
Rolando o feed, você encontra os mesmos nomes, as mesmas frases? É um copy-paste de “prova social”. Não vale como referência.
Domínio registrado há poucos dias e falta de política de devolução, privacidade ou termos de uso revelam improviso jurídico e comercial. Evite.
Preferir cartão de crédito dá poder de contestar cobranças. Gateways reconhecidos também adicionam filtros antifraude. Evite boletos de origem duvidosa e, sobretudo, Pix para pessoas físicas.
Em marketplaces, finalize o pagamento dentro da plataforma, nunca por fora. Se for uma compra de maior valor, considere usar cartões virtuais (com limite dedicado) e acompanhar em tempo real as notificações do banco.
Guarde e-mails de confirmação, prints de oferta, número do pedido e nota fiscal. Isso encurta o caminho em uma eventual disputa e embasa a sua proteção do consumidor.
Entre em contato imediatamente com a loja e com a operadora do cartão. Abra reclamação no Procon e registre boletim de ocorrência se houver perda financeira. Em marketplaces, pressione pelo canal oficial — prazos contam.
A Black Friday pode ser excelente para economizar, desde que você mantenha o olhar clínico e hábitos de segurança digital em dia. Ao combinar verificação de reputação, checagem de domínio, cuidado com links e escolhas de pagamento mais seguras, você transforma a ansiedade em planejamento — e navega por ofertas com tranquilidade.
Se este guia ajudou, compartilhe com quem você gosta. E, se quiser ir além, acompanhe os conteúdos educativos da AXA sobre prevenção, cibersegurança e compras seguras.
Informação boa deve circular — e é ela que mantém a sua Black Friday no lado certo das oportunidades!